25 de agosto de 2010

Qual a importância da leitura ?

A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo. Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos, através da leitura rotineira tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler, talvez nem as teríamos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado. Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a capacidade de interpretação. Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica

O que é letramento ?

Considera-se letramento o processo de aprendizado do uso da tecnologia da língua escrita. Isso significa que a criança pode usar recursos da língua escrita em momentos de fala, mesmo antes de ser alfabetizada. Esse aprendizado da - se - á a partir da convivência dos indivíduos (crianças, adultos), com materiais escritos disponíveis - livros, revistas, cartazes, rótulos de embalagens e outros -, e com as práticas de leitura e de escrita da sociedade em que se inscrevem. É, assim, fruto do grau de familiaridade e convívio do indivíduo com os textos escritos em seu meio. Esse processo acontece pela mediação de uma pessoa mais experiente através dos bens materiais e simbólicos criados em sociedade. O nível de letramento é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos que a criança ou adulto reconhece. Segundo essa corrente, a criança que vive em um ambiente em que se lêem livros, jornais, revistas, bulas de remédios, receitas culinárias e outros tipos de literatura (ou em que se conversa sobre o que se leu, em que uns lêem para os outros em voz alta, lêem para a criança enriquecendo com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança cujos pais não são alfabetizados, nem outras pessoas de seu convívio cotidiano lhe favoreçam este contato com o mundo letrado.




19 de agosto de 2010

Mensagens







Os morangos da vida











Talvez, ao me ouvir falar em felicidade, você se pergunte se eu não tenho problemas, se tudo dá


sempre certo para mim, se nunca passei por uma grande dificuldade que me tenha deixado marcas, como ocorre com a maioria das pessoas.

É claro que sim, sou como todo mundo. Tenha angústias, fico estressado, as pessoas ás vezes me traem, mas eu procuro comer os morangos da vida.

Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore. Em cima do barranco, havia um urso imenso querendo devorá-lo. O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que estava a sua frente.

Embaixo, prontas para engoli-lo quando caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente famintas.

Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando. Abaixava depressa a cabeça para não perdê-la na sua boca. Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas do seu pé.

As onças embaixo querendo comê-lo, e o urso em cima querendo devorá-lo.

Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas douradas refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou o seu corpo, sustentado apenas pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango. Quando pôde olhá-lo melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango à boca e se deliciou com o sabor doce e suculento. Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso.

Deu pra entender?

Talvez você me pergunte: “Mas , e o urso?”

Dane-se o urso e coma o morango!
E as onças?

Azar das onças, coma o morango!

Ás vezes, você está em sua casa no final de semana com seus filhos e amigos, comendo um churrasco. Percebendo seu mau humor, sua esposa lhe diz:

- Meu bem, relaxe e aproveite o domingo!

E você, chateado, responde: “Como posso curtir o domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pagar na empresa?”

Relaxe, e viva um dia por vez: coma o morango.

Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro. Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças, arrancar nossos pés. Isso faz parte a vida e é importante que saibamos viver dentro deste cenário. Mas nós precisamos saber comer os morangos, sempre.

A gente não pode deixar de comê-los só porque existem ursos e onças.

Você pode argumentar:

- Roberto, eu tenho muitos problemas para resolver.

Problemas não impedem ninguém de ser feliz.

O fato de seu chefe ser um chato não é motivo para você deixar de gostar do seu trabalho.

O fato de sua mulher estar com tensão pré-menstrual não os impede de tomar sorvete juntos. O fato de seu filho ir mal na escola não e razão para não dar um passeio pelo campo. Coma o morango, não deixe que ele escape. Poderá não haver outra oportunidade de experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons momentos.

Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida. Mas o importante e saber aproveitar o morango, porque o urso e a onça não dá para aproveitar. Coma o morango quando ele aparecer. Não deixe para depois.

O melhor momento para ser feliz é agora.

O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.

As pessoas vêem o sucesso como uma miragem. Como aquela história da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança. As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade. Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes. Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes.

Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias.

A felicidade é algo que vive dentro de você, de seu coração.

A felicidade é a oportunidade que você cria para ser o artista de sua auto-criação.

Eu, aqui no meu canto, torço para que você descubra a sua maneira de ser feliz.
















FILHOS SÃO COMO NAVIOS



Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.

Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.

Dependendo do que a força da natureza reserva para ele, poderá ter de desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.

Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.

E haverá muita gente no porto, feliz à sua espera.

Assim são os FILHOS.

Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.

Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto dos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr os próprios riscos e viver as próprias aventuras.

Certos de que levarão os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola – mas a principal provisão, além da material, estará no interior de cada um:

A CAPACIDADE DE SER FELIZ.

Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.

O lugar mais seguro em que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.

Os pais também pensam ser o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar adentro e encontrar o próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, esse porto para outros seres.

Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que, na bagagem, eles devem levar VALORES herdados, como HUMILDADE, HUMANIDADE, HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.

Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.

A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL E NA CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.

Os pais não devem seguir os passos dos filhos. e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.

Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partir para as próprias conquistas e aventuras.

Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que



“QUEM AMA EDUCA”.

“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS”




Exemplo é... tudo.


A professora fala que não é correto dizer mentiras. Mas, o aluno vê adultos que são importantes em sua vida mentindo...

A professora fala que é muito importante praticar a leitura, mas, o aluno raramente vê alguém de sua família lendo...

A professora fala que é importante respeitar as pessoas, mas o aluno vê adultos que são exemplos em sua vida xingando os outros em situações bem corriqueiras, como por exemplo, no trânsito...
Curioso é que, esses adultos, que são “exemplos”, também falam que não pode mentir, que tem que praticar leitura e respeitar as pessoas... Mas...
Será que nós, adultos, estamos dando um bom exemplo às nossas crianças?

É... Exemplo é tudo.

Será que as pessoinhas que mais amamos nessa vida, estão aprendendo a mentir, a não ler e a desrespeitar as pessoas? Isso não pode! Pode?







Responsabilidade às avessas




Vender fritura na cantina da escola? Que horror! Aí a escola se adapta e procura vender apenas alimentos mais saudáveis enquanto que, em casa, o aluno come tudo e mais um pouco, mas só “tranqueiras”...

Namorar na escola? Que absurdo! E é. Só que a escola tem que proibir, enquanto que fora da escola o aluno vai a baladas permitidas pelos pais que rolam até sexo explícito...

O filho tira nota baixa? O pai não pensa duas vezes e vai até a escola reclamar... O pai esquece que a maior parte do tempo o filho não fica na escola. O pai prefere cobrar a “responsabilidade” da pessoa errada, pois deveria cobrar a responsabilidade do filho que não estudou... Outro exemplo bem parecido é quando o aluno perde o blusão do uniforme... O blusão não tem nome e a responsabilidade é de todo mundo, menos do dono do uniforme que não teve responsabilidade para guardá-lo.

Hoje a escola precisa ensinar valores, como: justiça, polidez (boa educação), generosidade e não consegue atingir a todos, pois esses valores ainda devem vir de casa, da família.

Às vezes fico pensando em minha falecida vó, que se alfabetizou no extinto Mobral e que soube educar todos os seus oito filhos... Todos esses ensinamentos vinham de casa e todos eram felizes e a sociedade mais justa...

Pense nisso e nos ajude a construir uma sociedade melhor... Faça a sua parte.





17 de agosto de 2010

Frases Relacionadas a Educação








"Não há vida sem correção, sem retificação."




Paulo Freire






"Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina. "


Paulo Freire


 
 
"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade."

Paulo Freire



"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."


Pauo Freire



"A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria."


Paulo Freire


"As terríveis conseqüências do pensamento negativo são percebidas muito tarde. "

Paulo Freire



"Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre."


Paulo Coelho


"Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia."


Paulo Coelho




"Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo, já não está amando."

        Roberto Freire




                                                   




"Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina. "




Paulo Freire


 

Tudo em nós está em nosso conceito do mundo; modificar o nosso conceito do mundo é modificar o mundo para nós, isto é, é modificar o mundo, pois ele nunca será, para nós, senão o que é para nós..


Fernando Pessoa

 
 
 
 
 
A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados.


René Descartes

 

 
A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro.




Samuel Johnson

 
Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.




Bill Gates

Leite, leitura


letras, literatura,

tudo o que passa,

tudo o que dura

tudo o que duramente passa

tudo o que passageiramente dura

tudo,tudo,tudo

não passa de caricatura

de você, minha amargura

de ver que viver não tem cura



Paulo Leminski


A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil; e o escrever dá-lhe precisão.




Francis Bacon


11 de agosto de 2010

Como consertar o mundo

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.


Certo dia, seu filho de 7 anos entrou feliz em seu local de trabalho, decidido a ajudá-lo a trabalhar. Nervoso pela interrupção, o cientista insistiu que o menino fosse brincar em outro lugar. Ao perceber que seria impossível demovê-lo da idéia, o pai procurou algo que pudesse distrair a atenção do garoto. De repente, ao olhar uma revista, deparou com o mapa-múndi! Então pegou uma tesoura e recortou o mapa em vários pedaços; apanhou um rolo de fita adesiva e entrgou os materiais ao filho, dizendo:

- Gosta de quebra-cabeças? Então eu vou lhe dar o mundo em pedacinhos para que você o conserte . Veja se consegue arrumá-lo direitinho! Ah, faça tudo sozinho!

Calculou que a criança levaria dias para montar o mapa. No entanto, poucas horas depois, ouviu a voz do filho, que o chamava calmamente:

- Papai, consegui acabar tudinho!

A princípio, o pai não acreditou nas palavras do garoto. Seria impossível, na sua idade, montar um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. todas as peças havias sido colocadas nos devidos lugares!

Ainda incrédulo, o pai perguntou ao menino:

- Meu filho, como conseguiu montar o quebra-cabeças se você não conhecia o mapa-múndi?

- Eu não sabia como era esse mapa, mas quando você o recortou fda revista, percebi que, do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem; então, virei os recortes e comecei a montálo. Quando consegui acertar, virei a folha e percebi que havia consertado o mundo.

Troca de ideías:

De que modo o ato de consertar o mundo está interligado com a ação de corrigir o homem?

Como posso contribuir nessa mudança?

Do livro: “Histórias da sabedoria do povo: um novo modo de refletir sobre os valores”

Carmen Seib - Editora Paulinas

9 de agosto de 2010

Filhos brilhantes

Bons filhos conhecem o prefácio da história dos seus pais, filhos brilhantes conhecem os capítulos mais importantes das suas vidas.
Bons filhos se preparam para o sucesso, filhos brilhantes se preparam para enfrentar derrotas e frustrações.

Bons filhos aprendem com seus erros,

filhos brilhantes aprendem também com  

                                 
os erros dos outros.                                      

Bons filhos têm sonhos ou disciplina,

filhos brilhantes têm sonhos e disciplina.

Bons alunos aprendem a matemática

numérica, alunos fascinantes aprendem

a matemática da emoção.

Bons alunos são repetidores de informações,

alunos fascinantes são pensadores.

Bons alunos escondem certas intenções,

alunos fascinantes são transparentes.

Bons alunos se preparam para receber

um diploma, alunos fascinantes se

preparam para a vida.

"Eu discordo! Protesto! Eu enxergo a vida de outro modo! Vamos construir o mundo de outra maneira!" Frases como essas sempre foram produzidas pela juventude mundial em muitas épocas da história. Agora os tempos são outros. A juventude se calou, se fechou, perdeu sua garra, seus sonhos, a capacidade de discutir, sua fé na vida, sua esperança num mundo melhor.

Os jovens sempre foram contestadores, sempre discordaram dos erros dos adultos, sempre lutaram positivamente pelo que pensam. Hoje é raro! Muitos deles amam o sistema social criado pelos adultos, sistema que os transforma em consumidores, que sufoca sua identidade e seus projetos.

É a geração que quer tudo rápido, pronto, sem elaborar, sem batalhas para conquistar. É a geração que não sabe unir disciplina com sonhos, que procura usar processos "mágicos" para lidar com suas frustrações, que tem dificuldade em pensar antes de reagir. Muitos jovens não têm proteção emocional. Alguns são derrotados por uma área do corpo que rejeitam, outros porque as roupas não caem bem e ainda outros pelas rejeições, ciúmes, medo da perda, timidez, provas escolares, decepções, crise na relação com sua namorada ou namorado.

Você vai se surpreender ao perceber que os filhos brilhantes e os alunos fascinantes não são aqueles que são sempre bem- comportados, que não falham, não choram ou não tropeçam. Mas, aqueles que aprendem a desenvolver consciência crítica, decidir seus caminhos, trabalhar seus erros, construir tolerância, reconhecer suas dificuldades. São os que choram, sim, quando necessário. E por que não? São os que constróem grandes sonhos e lutam pela concretização desses sonhos. E, acima de tudo, são os que dão uma nova chance para si mesmos e para os outros quando fracassam.


Trexos do livro Filhos brilhantes Alunos fascinantes

de Augusto Cury



4 de agosto de 2010

Pedagogia do Fingimento

Nildo Lage


 
É impossível falar de educação sem voltar os olhos para o passado. É mais impossível ainda fazer educação sem se apossar de heranças filosóficas, tendências... porque, desde os tempos remotos, a história é escrita por aqueles que a determinavam. E narrada por aqueles que tentam fazê-la.

Inácio de Loiola trouxe a novidade com a Companhia de Jesus, alarmado com a expansão do luteranismo na Europa. Não funcionou. A única saída foi a Reforma Pombalina da Educação, que descartou o Sistema Jesuítico... Daí por diante, a história foi se desfigurando, gerando “estórias”. E, há tempos, a sala de aula está perdendo a originalidade, deixando de ser um local de aprendizagem, reflexão, troca de conhecimentos, de experiências... Porque está se convertendo num campo de batalhas: professores desmotivados travam uma guerra com alunos impregnados de armas sociais — violência doméstica, urbana, psicológica, drogas, abandono social — que chegam com o intuito de brincar, se divertir para passar o tempo. O professor, menos preocupado ainda, passa por breves instantes pela sala para dar uma “espiada” e cumprir um contrato de trabalho, sem se incomodar com a aprendizagem e as experiências dos alunos.

Nesse jogo do faz-de-conta, princípios didáticos, filosóficos e éticos estão enfraquecendo no infértil terreno do conhecimento, porque violência, agressões, desrespeito mútuo estão consumindo a espécie-símbolo: o diálogo, que é o elo do relacionamento professor–aluno. A troca, a parceria, a afetividade estão abaladas, cada vez mais ausentes.

Nessa guerra na busca do saber, professores lançam conteúdos frívolos garganta abaixo e não cobram resultados. Alunos digerem o prato do dia e se sentem fartos... Uma avaliação para cumprir o protocolo, e lá se foi um bimestre. Um problema a menos. “Colões” e “decorebas” se dão bem. Os “menos espertos” fazem um “trabalhinho extra” para recuperar a nota, o tempo perdido... e lá se vão... O novo bimestre os espera.

Com tantas veias de escape, aprendizagem, conhecimento e saber nunca se encontram. Treinamento e capacitação trilham caminhos diferentes, e a essência da educação vai se esvaindo, perdendo originalidade pelos rincões do construtivismo, do sociointeracionismo, das tendências pedagógicas que surgem num piscar de olhos: Vygotsky, Piaget, Vallon, Ferreiro, Freire... De filosofia em filosofia, de pensamento em pensamento, a nova tendência “Crítica Social” vai surgindo, com o sonho de chegar para ficar.

Se não for puxado o freio de mão, em breve, teremos que escrever a nova “História da Educação”, porque os grandes pensadores terão as suas idéias ultrapassadas. Perderão espaço para os megaempreendedores que estão fazendo da educação um negócio da China, imbecilizando alunos, assolando a meta de formar cidadãos atuantes, críticos e participantes, convertendo-os em profissionais sem iniciativas, que decoram conteúdos e não são preparados para o mercado de trabalho, para encararem os desafios de um mundo que exige cada vez mais. A escola que temos é repleta de reentrâncias, preenchidas por rupturas, ranços, intrigas políticas, disputas pessoais, inúmeras bifurcações que conduzem analfabetos letrados por caminhos que se perdem nos atalhos para se chegar a uma educação de excelência, cujos condutores julgam estar no caminho certo.
Com isso, o conhecimento está se tornando um animal raro, porque, na educação da era digital, as fontes interdisciplinares da informação jorram, a cada passo, numa velocidade alucinante. E os alunos, na rota de colisão, são bombardeados pelo excesso de informações, muitas fúteis, e mantidos nas dependências da escola do novo tempo, como cobaias bitoladas, onde são polidos para se encaixar nos moldes de uma educação impositiva; aprendem três comandos: Ctrl+T, Ctrl+C e Ctrl+V. Capa, contracapa... Uma breve introdução para dissimular... “A minha pesquisa ficou perfeita”. O professor, mais perfeito ainda, dá um 10. Esse aluno é o CDF. Porque professor investigador — que leva seus alunos a descobrirem o novo, reavaliarem o velho, ampliarem os horizontes do conhecimento — está cada vez mais escasso, um mito nos corredores das escolas. O importante é não reprovar; que, ao final de cada ano, todos passem.
Com essas façanhas, cumpre-se mais uma meta: a estabelecida pela ONU para combater o analfabetismo nos países emergentes; e, sem receio de errar, o governo dispara em todas as direções: Educação a Distância, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), Programa Universidade para Todos (Prouni), Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)... São tantos caminhos que professores e alunos se chocam, se confundem, se perdem, não se entendem; e a verdadeira educação vem perdendo terreno para a educação burocrática que se agiganta em escolas de muralhas, de grades... De professores virtuais, de alunos onipresentes. O professor, centralizador do conhecimento, foi murchando, obrigado a ceder o espaço para o professor mediador, que, na verdade, medeia o tempo na sala de aula, à espera do passar do próprio tempo.

E o objetivo da verdadeira educação?

Ainda é a aprendizagem? A quem importa?

É hora de repensar os métodos traçados, os moldes pré-fabricados... Destruir a fórmula que determina o que deve ser ensinado e como deve ser aprendido. É hora de tirar a viseira de professores privados de buscar, de trabalhar a realidade de seus alunos e de construir o próprio conhecimento para reavaliar a sua prática e colocar a lente de educador, para ver o mundo além da sala de aula ou de uma janela cibernética.

É hora do negro e do índio terem os seus valores respeitados, a sua história resgatada, pois resgatá-la é resgatar a cultura, a história do País e da própria educação no Brasil. Respeitar as diversidades regionais, etnias, opiniões, culturas, porque, nos pavilhões e nas galerias do presídio do saber, as relações interpessoais estão deixando de existir. Existem apenas regras. E a educação, hoje, escreve uma história com dois finais: um para a minoria que tem recursos financeiros para pagar por uma educação de qualidade e outro para aqueles que são atirados pela janela das escolas públicas e são obrigados a se acomodar em salas superlotadas, sem recursos didáticos, sem carteiras, com professores despreparados, onde o autoritarismo se converteu em lei e está substituindo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB). O eu roubou o espaço do nós, e, se não voltarmos a ser nós, a sala de aula será exatamente o que eu (o sistema) quero: muita informação e pouca aprendizagem.

É hora do Sistema de Ensino voltar-se para o eu desse aluno que sai da favela, do campo... Porque ainda acreditam que a educação é o caminho que leva à realização e é hora de polir esse eu, nos moldes dos sonhos, da vontade de ser e de existir de cada eu.
É preciso estreitar os laços de relacionamento entre escola, ensino, educação e família para que o aluno compreenda o mundo em que vive e se proponha, como cidadão, a mudá-lo. É como já dizia Freire: “Não é na resignação, mas na rebeldia frente às injustiças que nos afirmamos”. Porque professor é um título que se conquista com um diploma comprado ou conquistado, mas ser educador é uma singularidade exclusiva; essência rara que se desprende daqueles que fazem do ofício de ensinar a arte de formar cidadãos. É preciso que leis deixem de ser meros projetos constitucionais, que as camadas conquistem a igualdade e que a educação seja prioridade.

E, então, quando a política deixar de ser uma transição entre a campanha e a eleição, as armas sociais serão recolhidas pelos jovens e pelo professor. O prazer de ensinar se refletirá no de aprender, e aí, sim, haverá melhorias na educação. E a educação cumprirá a sua missão, porque terá uma verdadeira história para contar.


2 de agosto de 2010

A história do lápis



O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou:

-Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? Por acaso, é uma história sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:

-Estou escrevendo sobre você, é verdade.

Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. E disse:

-Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!

No entanto, a avó respondeu:

- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo:

Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.